sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Desculpas...

Por motivos alheios a minha vontade não conseguiu fazer a postagem diária dos episódios históricos da revolução farroupilha, mas irei voltar com postagens diárias sobre os mesmos assuntos anteriores. Obrigado pela compreensão.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Lei das Pilchas Lei nº. 8.813, de 10 de janeiro de 1989
Autoria: Deputado Joaquim Moncks


Art. 1º. - É oficializado como traje de honra e de uso preferencial no Rio Grande do Sul, para ambos os sexos, a indumentária denominada "Pilcha Gaúcha". Parágrafo Único - Será considerada "Pilcha Gaúcha" somente aquela que, com autenticidade, reproduza com elegância, a sobriedade da nossa indumentária histórica, conforme os ditames e as diretrizes traçadas pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Art. 2º. - A "Pilcha Gaúcha" poderá substituir o traje convencional em todos os atos oficiais públicos ou privados realizados no Rio Grande do Sul.

Art. 3º. - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º. - Revogam-se as disposições em contrário.


Assembléia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, 10 de janeiro de 1989.

domingo, 23 de agosto de 2009

Um desabafo entristecido


Porque nossos jovens já não conhecem mais nossas tradições e não cultuam mais suas origens, não digo que sempre tenha sido um adepto da bota e bombacha, porém nunca as deixei, hoje apenas sou um defensor das nossas tradições.
Pergunto a vocês meus leitores, por que é mais simples colocar no Google palavras como: Jay-z, Snoop-dog, Ice Cube, Planet Hemp, entre tantos outros, ao invés de palavras que digam o que somos de verdade, de onde viemos, palavras como: pajada, paleteada, revolução farroupilha.
Os nossos dias são tomados de músicas repletos de palavras de incentivo ao uso de drogas, a agressão aos semelhantes, palavras que nada mais dizem que o homem deve ser o que agride mais, o que “pega” mais mulheres, o que bebe até o fim...


Quando o cafetão chega em casa Passe a grana (3x) Quando os tiras cercarem você Estacione (3x) Se um babaca se engraçar Despache (3x) Tenho um Rolex no pulso e bebo Chandon E fumo do melhor porque estou com tudo
Fragmento de uma musica de Snoop-dog

Não sou ninguém para julgar ou condenar, porém, é algo que pergunto a juventude, que futuro teremos ao ouvir estes tipos de músicas sem algum conteúdo e por que ao invés disso não nos interessamos por coisas mais belas, como ver um grupo de danças tradicionalistas, aprende a sevar um mate, encilhar um cavalo, conhecimentos que iram aumentar nossa cultura.
A cultura dos homens é o que os levanta acima do mundo, um homem sem historia nada é.
Agora lhes deixo um apelo, uma suplica encarecida, não deixem nossa história morrer, não deixe nos vender por músicos internacionais vazios, mas se preferirem que seja dessa forma, pensem então em seus filhos e netos que um dia irão lhes perguntar ao abrir um livro de história antiga: “- Quem foram os Gaúchos?”
O que você irá responder?

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Chimarrão bebida típica do sul da America do sul, um habito herdado culturalmente de povos indígenas como quíchua, aymará e guarani. Em alguns lugares bebido frio mas em sua maioria é bebido quente, o Rio Grande do Sul principal consumidor do chimarrão e também o principal produtor da erva mate(Ilex paraguariensis).

É composto simplesmente de uma cuia, bomba, erva mate e água quente ou fria.

Aqui temos os 10 mandamentos do chimarrão:

1- NÃO PEÇAS AÇÚCAR NO MATE

O gaúcho aprende desde piazito o porquê o chimarrão se chama também mate amargo ou, mais intimamente, amargo apenas. Mas se tu és de outros pagos, mesmo sabendo, poderá achar que é amargo demais e cometer o maior sacrilégio que alguém pode imaginar nesse pedaço do Brasil: pedir açúcar. Pode-se por água, ervas exóticas, cana, frutas, cocaína, feldspato, dollar, etc... mas jamais açúcar. O gaúcho pode ter todos os defeitos do mundo, mas não merece ouvir um pedido desses. Portanto, tchê, se o chimarrão te parece amargo demais, não hesites, pede uma coca-cola com canudinho. Tu vais te sentir bem melhor.

2- NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO É ANTI-HIGIÊNICO

Tu podes achar que é anti-higiênico por a boca onde todo mundo põe. Claro que é. Só que tu não tens o direito de proferir tamanha blasfêmia em se tratando de chimarrão. Repito: pede uma coca-cola de canudinho. O canudo é puro como a água de sanga (pode haver coliformes fecais e estafilococos dentro da garrafa, não nele).

3- NÃO DIGAS QUE O MATE ESTÁ QUENTE DEMAIS

Se todos estão chimarreando sem reclamar da temperatura da água, é porque ela é perfeitamente suportável por pessoas normais. Se tu não és uma pessoa normal, assume tuas frescuras (caso desejes te curar, recomendamos uma visita ao analista de Bagé). Se, porém, te julgas perfeitamente igual aos demais, faze o seguinte: vai para o Paraguai. Tu vai adorar o chimarrão de lá.

4- NÃO DEIXES UM MATE PELA METADE

Apesar da grande semelhança que existe entre o chimarrão e o cachimbo da paz, há diferenças fundamentais. Como o cachimbo da paz, cada um dá uma tragada e passa-o adiante, já o chimarrão não. Tu deves tomar toda a água servida até ouvir o ronco da cuia vazia. A propósito, leia logo o mandamento abaixo.

5- NÃO TE ENVERGONHES DO "RONCO" NO FIM DO MATE

Se, ao acabar o mate, sem querer fizer a bomba "roncar", não te envergonhes. Está tudo bem, ninguém vai te julgar mal-educado. Esse negócio de chupar sem fazer barulho vale para a coca-cola com canudinho que tu podes até tomar com o dedinho levantado (fazendo pose de assumida).

6- NÃO MEXAS NA BOMBA

A bomba de chimarrão pode muito bem entupir, seja por culpa dela mesma, da erva ou de quem preparou o mate. Se isso acontecer, tens todo o direito de reclamar. Mas por favor, não mexas na bomba. Fale com quem te passou o mate ou com quem lhe passou a cuia. Mas não mexas na bomba, não mexas na bomba e, sobretudo, não mexas na bomba.

7- NÃO ALTERE A ORDEM EM QUE O MATE É SERVIDO

Roda de chimarrão funciona como cavalo de leiteiro. A cuia passa de mão em mão, sempre na mesma ordem. Para entrar na roda, qualquer hora serve, mas depois de entrar, espera sempre a tua vez e não queiras favorecer ninguém, mesmo que seja a mais prendada prenda do estado.

8- NÃO CONDENES O DONO DA CASA POR TOMAR O PRIMEIRO MATE

Se tu julgas o dono da casa um grosso por preparar o chimarrão e tomar ele próprio o primeiro mate, saibas que o grosso és tu. O pior mate é o primeiro, e quem toma está te prestando um favor.

9- NÃO DURMAS COM A CUIA NA MÃO

Tomar mate solito é um excelente meio de meditar sobre as coisas da vida. Tu mateias sem pressa, matutando... E às vezes te surpreendes até imaginando que a cuia não é cuia, mas o quente seio moreno daquela chinoca faceira que apareceu no baile do Gaudêncio... Agora, tomar chimarrão numa roda é muito diferente. Aí o fundamental não é meditar, mas sim integrar-se à roda. Numa roda de chimarrão, tu falas, discutes, ris, xingas, enfim, tu participas de uma comunidade em confraternização. Só que essa tua participação não pode ser levada ao extremo de te fazer esquecer a cuia que está na tua mão. Fala quanto quizeres mas não esqueças de tomar o teu mate que a moçada tá esperando.

10- NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO DÁ CÂNCER NA GARGANTA

Pode até dar. Mas não vai ser tu, que pela primeira vez pega na cuia, que irás dizer, com ar de entendido, que o cancerígeno. Se aceitaste o mate que te ofereceram, toma e esqueces o câncer. Se não der para esquecer, faz o seguinte: pede uma coca-cola com canudinho que ela etc... etc...

PÉRCIO DE MORAES

Origem da bombacha

Vestimenta típica da Pilcha gaucha, tem como origem a região do norte da África, na invasão moura a Espanha na região da península ibérica, a vestimenta teria se introduzido no norte da Espanha na região chama “Lá Maragateria” e depois trazida para o Brasil durante a colonização.
A origem não é muito Certa, já que existem outras teses para a chegada dela no Brasil.
No Rio Grande do Sul, hoje em dia, encontramos varias formas e cortes de Bombacha, mas sua forma original era bastante larga, já que seu nome oriundo do espanhol “bombacho ” que significa “calças-largas”.
Porém com o passar do tempo fora se deixando um pouco de lado a bombacha larga por influencias vizinhas como Argentina e Uruguai, hoje em dia bombachas mais estreitas nas pernas com frisos nos lados já são mais comuns, as bombachas largas em sua maioria são usadas apenas em atos públicos ou festividades oficiais.
A bombacha usada como uma calça comum no cotidiano do gaucho, por isso talvez a mudança de estilos, já que a de corte mais estreito tornasse mais cômoda, e em muitas vezes mais barata, algumas assemelham-se a uma calça jeans.
Com tudo ainda não pode se dizer que a tradição foi esquecida já que ainda encontramos adeptos da boa e velha “bombacha balão”.

Historia do Charque

O charque é uma carne salgada que se tornou no século XIX o principal produto da economia do Rio Grande do Sul. Pela ausência de tecnologias de refrigeração da carne à época, o animal vacum abatido para retirada do couro, de bom valor de mercado, não tinha sua carne aproveitada adequadamente.
José Pinto Martins, trabalhava no Ceará como produtor de carne-seca, em 1777 uma grande seca fez com que ele mudasse para a então vila de Rio Grande. Aqui existia um crescente e constante abate de gado para retirada do couro e devida a precária existência de acondicionamento devido, quase que nada mais era aproveitado. José então incentivou a produção da carne-seca, e ao passar do tempo, fundou acidade de Pelotas.
Porque damos o nome de Charque?
Nas regiões andinas encontramos um tipo de carne desidratada e salgada muito semelhante ao nosso charque, lá produzido da carne de Lhama e ou de um gado conhecido localmente como Charqui, que por semelhança acaba nomeando nosso Charque.
Teve um grande valor comercial para nossa região já que possuíamos uma produção altamente sustentável, o charque era alimento de escravos em todo Brasil e em países como Caribe e principalmente em Cuba. A produção e exportação era quase única surgindo em posterior pequenas produções no Uruguai e Argentina, originando assim crises comerciais e ainda revoluções.

Culinaria tipica


Espinhaço de ovelha mexido sem farinha
1 espinhaço de ovelha
4 cebolas grandes
2 pimentões
4 dentes de alho
3 kg de mandioca
1 maço de tempero verde(Cebolinha verde e salsinha)
Uma colher de sopa de sal
Pimenta vermelha

Modo de preparo

Pegue uma panela de ferro fundido preta com fundo chato, nela cubra o fundo com uma camada razoável de azeite.
Acame o espinhaço cortado em pedaços razoáveis, ao fundo da panela. Leve ao fogo e deixe-o fritando até dourar, em seguida coloque as quatro cebolas bem picadas e o alho, deixe os refogar até a cebola dourar, cubra os alimentos com água e de uma fervura de no mínimo 30min. Adicione mandioca cortada em cubos, cubra as com água novamente, mantenha-as ao fogo ate ferver a água, assim coloque o sal e a pimenta a gosto, misture com uma colher de pau evitando assim que grude ao fundo.
Percebera que quando secar a água a mandioca terá se desmanchado e apresentara a carne solta do osso e uma pasta da mandioca, misture então o tempero verde picado.
Lembrando que a receita ficará mais saborosa se feita em um fogão de lenha.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

o Tradicionalismo esmorecido


O que você faz quando vê um jovem vestindo uma bombacha larga, um chapéu vistoso, um lenço no pescoço, de botas?
Algo comum em nossos dias no interior do estado do Rio Grande do sul, algo comum na época da semana farroupilha(de 14 a 20 de setembro) em outras cidades vizinhas, mas nas régios mais metropolitanas algo esquecido lembrada apenas aos arredores do parque harmonia talvez.
Algumas pessoas acham comum o fato de que com os avanços do mundo e da via corrida ninguém mais tenha tempo de ir a um C.T.G. , o que também não faria muita diferença já que alguns centros de tradicionalismo não representem na verdade sua sigla, alguns gaúchos são conhecedores de artes nativas apenas por conformidade e lembrança a semana farroupilha, não os condeno pelo menos eles ainda lembram suas origens.
É uma pergunta simples que lhes faço agora, por que temos tempo para ver a novela, e não para ver um grupo de bailado. Somos gaúchos por que comemos churrasco aos domingos, por que tomamos chimarrão no serviço,por que levantamos cedo, por que falamos tche? Para mim isso é uma idéia falsa de ser gaucho algo tão simples e banal não pode representar a historia de um povo como o nosso, guerreiro, forte, valente... “Mas não basta pra ser livre ser forte aguerrido e bravo, povo que não tem virtudes acaba por ser escravo, sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra...- Fragmento do hino Riograndense”.
Como já dizia o saudoso Gildo de Freitas, ô mocidade associe com a gente vá no CTG e leve o documento. Nosso governo estadual poderia sim promover mais atividades culturais par mostrar a nossos jovens que heróis farroupilhas são mais valentes e possuem mais atributos que repers norte-americanos. A deficiência de projetos culturais é grande, porem é irresponsabilidade minha apena culpar o governo, já que também sou um responsável pela minha cultura e por isso neste blog encontraras diariamente historias e um vasto acervo cultural, será atualizado quase que diariamente. Peço aos meus leitores comentem as postagens opinem novos assuntos, não vamos deixar esta bela tradição morrer obrigado.

Fronteira da paz...

Fronteira da paz
O jornalista Indú Khushwant Sinch, ilustre membro da UNESCO ao referir-se a esta fronteira afirmava: "Nunca vi coisa igual no mundo pois todas as fronteiras que conheço estão guardadas por baionetas, arames farpados, etc. O que está, por tanto longe de fomentar a amizade que é vista aquí".
A amizade desenvolvida entre dois povos, aglutinação cultural, fortalecimento espiritual.
Sou filho da uniao detes dois povos. Pela parte materna sou Uruguaio, e de paterno sou Brasileiro.

Quem conhece Livramento sempre quer voltar a esta terra hermana. Simplesmente na simplicidade de um povo que gosta das coisas do campo e trás a força da lida em seus olhos.

Aqui estamos sempre prontos a estender a mao em sinal de compaixão, um chimarrão nunca falta para oferecer a um amigo.